Um conto de desencontros



Depois de tantas despedidas, nem sei mais em qual mala guardei meu amor. A cada beijo, uma lágrima. A gente sabia que não estava dando certo, mas resolvíamos insistir. 
Chamávamos aquilo de amor e continuávamos levando a vida, como se toda aquela dor fosse comum. Acredite, aprendi que amar não é sofrer. Aquele nosso sentimento repleto de angústia, arrependimento e insensatez não chegava perto de ser algo. Fomos apenas uma ocupação para o vazio do outro, vamos admitir. Acostumamos tanto a ter o peito preenchido com aquela nossa confusão, que quando ela ia embora, queríamos de volta a todo custo. 
Nossa história foi um conto de desencontros. Eu tentei ficar, mas desisti quando você se despediu pela centésima vez. Será que é isso que quero para minha vida? Alguém que diz um adeus a cada ‘eu te amo’?
Não dá mais, sinto muito. Você disse que se foi pela última vez, e eu fiquei aqui te esperando, mas não dá mais. 
Adeus, meu amor. Dessa vez é para valer. Se cuide.

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